A mulher de Cid Moreira, Fátima Sampaio Moreira, está sendo investigada em um inquérito no Ministério Público do Rio de Janeiro. Ela foi acusada pelos filhos do comunicador de coagir uma das testemunhas que a delatou. Rodrigo Radenzev Simões Moreira e Roger Felipe Naumtchyk Moreira enviaram, nesta quarta-feira (11), uma petição para a 106ª Delegacia Policial, de Petrópoles, em que dão mais detalhes da situação.
Em julho, os filhos de Cid Moreira pediram a abertura de uma apuração policial no MP-RJ no qual eles pedem a prisão preventiva de Fátima por considerarem que ela se apropriou dos bens do jornalista e faz uso deliberado do patrimônio do marido. No mesmo dia, também solicitaram a interdição do pai no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Na semana passada, o MP-RJ mandou o caso para a 106ª DP. No local, o delegado Ney José Tales começou a liderar a investigação. No início, o que se sabe é que a esposa de Cid Moreira foi procurada duas vezes, mas os investigadores não conseguiram localizá-la nos endereços correspondentes.
Já nesta quarta-feira, um novo acontecimento foi inserido na situação. Roger e Rodrigo, através de sua defesa, mandaram um ofício para o delegado delatando que uma das testemunhas apresentada por eles vem “demonstrando medo”.
Recentemente, dois depoimentos foram incluídos nos autos. No primeiro deles, um moço de Minas Gerais contou que um irmão de Fátima teria depenado a sogra idosa. Durante uma longa conversa com Roger, o rapaz descrevia supostas infrações da família Sampaio.
Com isso, a coincidência no comportamento dos irmãos fez o defensor dos filhos de Cid Moreira pedir que a família da esposa do veterano seja investigada por formação de quadrilha. Através do ponto de vista do advogado, eles agem com certa semelhança perante pessoas vulneráveis.
A partir do desdobramento do caso, esse declarante voltou a entrar em contato com Roger, mas a fim de requisitar que seja retirado da ação. “A testemunha que declara os crimes praticados pelo irmão de Maria de Fátima em face de uma idosa, com o mesmo modus operandi, vem passando recados para que eu tire seu nome e sua declaração, demonstrando medo”, declara o ofício enviado para a polícia.
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Segundo o Notícias da TV, que teve acesso ao documento extra em que o depoente se mostra aflito, ele escreve: “Minha vida está um inferno”. “Entrarei em contato com a Fátima e vou negar que sou testemunha”, afirma.
Para a defesa dos herdeiros de Cid Moreira, o rapaz de Minas Gerais demonstrou pistas de que está sofrendo cerceamento. “A impressão é que Maria de Fátima e seu bando estão pressionando a testemunha a ponto de deixá-la desesperada”, diz.
“Tem-se notícias também que a querelada se apresenta em programecos vespertinos da capital de São Paulo difamando o funcionário que trabalhou 26 anos para o querido pai, e que foi despedido pela querelada porque sabia e via demais”, detalha. O ex-funcionário mencionado se trata da segunda testemunha do imbróglio: um ex-caseiro que relatou maus-tratos a Cid.
Além disso, Roger e Rodrigo fazem uma exigência na petição enviada para o delegado Tales. Os dois pedem para que Fátima Sampaio apresente sua certidão de casamento com Cid, pois querem saber quando exatamente o casal oficializou a união civil.
Ainda de acordo com o Notícias da TV, o advogado dos filhos do comunicador, Angelo Carbone, falou a respeito do desdobramento do inquérito. Sobre a aflição da testemunha, o defensor afirma que, por conta do andamento do caso, o rapaz deve explicações apenas para as autoridades. “Quando a gente vê um crime, não pode ficar quieto. Depois que nós mandamos o caso para a polícia, ele começou a nos ameaçar e pedir que fosse retirado do caso. Mas, quando tomamos conhecimento de um crime, temos que noticiar”, relatou.
“Agora, ele está se comunicando com Fátima. O que ela faz? Pressiona e acossa as pessoas. Falei para ele ir à delegacia e explicar tudo para o delegado”, contou.
Já sobre a exigência para que Cid Moreira e Fátima exibam a certidão de casamento, Carbone especificou que a defesa quer saber a idade exata em que o comunicador oficializou a relação com a esposa, pois após os 70 anos, o matrimônio só é possível com separação total de bens. “Se ele tiver casado antes dos 70 anos, seria outro padrão de casamento”, especificou.
Dependendo do que a documentação revelar, os filhos de Cid Moreira pretendem começar uma nova investigação. Porém, desta vez, a respeito do que de fato cabe à madrasta como companheira.
