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Apresentadora do TV Fama ‘janta’ Adriana Sant’Anna e dá aula sobre racismo estrutural


Alinne Prado fica aos prantos ao receber notícia de que Bom Dia Você iria acabar (Foto: Reprodução)

A apresentadora Alinne Prado decidiu reservar um momento do TV Fama, da RedeTV!, para se posicionar firme contra uma polêmica envolvendo Adriana Sant’Anna. O desabafo foi feito na última sexta-feira (25), logo após uma reportagem que tratava sobre o mesmo assunto.

A ex-participante do Big Brother Brasil usou sua conta no Instagram para reclamar do preço cobrado pelas faxineiras na Flórida, nos Estados Unidos. Ela ainda comentou que estava procurando uma pessoa que realize todas as tarefas domésticas, mas não encontra.

No TV Fama, Alinne Prado reagiu: “O nome disso aí é ‘Síndrome da Sinhazinha’. Aqui no Brasil, infelizmente, a gente não teve uma abolição que aconteceu de fato e até hoje temos resquícios de uma colonização escravocrata. Deve ser muito difícil não poder escravizar ninguém, né Adriana?”.

“Deve ser muito desafiador muito desafiador ter que limpar a própria privada que você, o seu marido, seus filhos sujam. Aqui no Brasil nós temos uma lei que regulamenta a profissão da empregada doméstica. Doméstica, por exemplo, é uma nomenclatura que a gente usa por conta da domesticação que acontecia com as mucamas que, no passado, eram tratadas como animais”, disse Alinne Prado.

A apresentadora do TV Fama ainda apresentou uma aula sobre racismo estrutural e lembrou que, aqui no Brasil, existe toda uma arquitetura que ainda é do tempo colonial. “Por exemplo, na cozinha americana o que você vê? Aquela cozinha aberta, que você tem aquele trato com as pessoas que estão cozinhando e limpando. Agora, aqui no Brasil, a cozinha é fechada, tapada e tem até entrada de serviço, para você não ter contato com os empregados”, explicou ela.

Apresentadora do TV Fama 'janta' Adriana Sant'Anna e dá aula sobre racismo estrutural
Apresentadora do TV Fama ‘janta’ Adriana Sant’Anna e dá aula sobre racismo estrutural Foto: Reprodução

“Aqui no Brasil, a gente tem o salário mínimo para as empregadas, agora por conta da PEC das empregadas domésticas. A gente tem horário de descanso. Mas infelizmente ainda tem muitas mulheres que trabalham na informalidade, especialmente porque o patrão não quer pagar os devidos direitos. Nos Estados Unidos, não. Lá não tem bagunça não”, finalizou Alinne Prado.

Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.