Vera Fischer, atriz de 70 anos, foi a convidada do Conversa com Bial, da Globo, exibido na madrugada de sábado (21). Durante a conversa a veterana revelou que sofreu assédio moral por parte do diretor Walter Avancini (1935-2001) durante as gravações da novela Sinal de Alerta (1978), da TV Globo.
“Ele dizia assim: ‘Chora, sua loira burra, sua loira alemã que não sente nada, que não sabe chorar’. Eu falava então: ‘Venha aqui me ensinar como que é que faz, qual é o botão que liga'”. Contou Vera Fischer que ainda explicou que o diretor usava ofensas e xingamentos com os atores para que chorassem em cena. O elenco ficava espantado. “Essa gente (ficava) toda parada”.
Vera Fischer explicou que precisou se impor “desde a primeira novela” por conta das situações vividas no trabalho na década de 1970. A atriz também revelou ter sofrido situações de assédio sexual. “Tinha gente me cantando, eu dava umas desculpas que eu não posso falar agora porque são disgusting (em tradução livre, nojentas), mas eu me safava”.
Durante a conversa, Bial também questionou se ela se lembrava de uma entrevista que fizeram quando ela estava internada em uma clínica de reabilitação contra drogas. Vera Fischer disse que se recordava e deu detalhes sobre aquele momento.
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A atriz revelou que entrou para o tratamento por vontade própria. Durante a entrevista, Vera Fischer contou também que aprendeu com pessoas que estavam passando pela mesma situação que ela.
“Ali entrei por vontade própria, porque estava determinada a ouvir aquelas pessoas. Eram pessoas muito inteligentes. Cada um tinha uma história de drogadição diferente. Aprendo sempre muito com as pessoas e suas histórias”, Contou Vera Fischer.
Vera Fischer ainda falou sobre o romance que viveu com o também ator Felipe Camargo. Eles começaram a namorar enquanto protagonizavam a novela “Mandala” (1987), da Globo. Eles, que são pais de Gabriel, foram casados por cerca de sete anos, entre 1988 e 1995, e protagonizaram diversas polêmicas na época.
“Antes (do Felipe), eu tive uma vida mais tranquila. Era uma vida mais intelectual, de trabalho, mais de filhos. Eu não abusava tanto. Aí (depois de conhecê-lo) eu tive que ficar abusada porque eu tive que conviver com gente muito mais jovem do que eu. E o que os jovens faziam eu tinha que fazer também, senão eu era um peixe fora d´água”, confidenciou Vera Fischer.
