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Veja quem são os artistas que têm HIV ou falam abertamente sobre isso


Leandro Buenno, Alexandre Frota, Cazuza e Ney Matogrosso Foto: Reprodução

O HIV se tornou uma espécie de tabu entre a população, por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, muitas pessoas evitam tocar no assunto. Entretanto, com o passar dos anos, o receio de tratar sobre a AIDS foi desaparecendo e até mesmo alguns artistas resolveram vir à público para debater sobre o assunto e até admitir que são soropostivo.

É importante frisar que, quando o vírus se espalhou, o tratamento ainda não existia e, quando o mesmo passou a existir, se tornou inacessível à população, o que causou milhares de mortes. A AIDS, apesar de não possuir uma cura, é tratável. Com o avanço da medicina ao decorrer do tempo, o acesso das pessoas aos remédios específicos para HIV passaram a aumentar.

Contudo, por mais que exista tratamento, não se deve descuidar das precauções. Com isso, muitos artistas vieram à público para incentivar seus fãs e influenciá-los a tomar os devidos cuidados, já outros até mesmo assumiram que possuem a doença. Infelizmente, alguns nos deixaram por conta dela.

A grande rainha do pop, Madonna, já esclareceu diversas vezes à respeito do vírus e que teve perdas irreparáveis para o HIV nos anos 80, que foi quando a doença estourou no Estados Unidos. Em entrevista à Interview, a cantora falou sobre Christopher, seu professor de balé, que faleceu após contrair a doença.

“Christopher foi o primeiro homem – o primeiro ser humano – que fez eu me sentir bem comigo mesma, especial. Ele foi a primeira pessoa que me disse que eu era bonita e que eu tinha algo a oferecer para o mundo”, relatou.

“Eu era uma dançarina em Nova York quando a epidemia de AIDS começou, ninguém sabia o que era aquilo. E, de repente, todos esses homens lindos ao meu redor, pessoas que eu amava tanto, estavam morrendo um depois do outro. Foi uma época tão louca”, contou a celebridade.

Já o cantor Ney Matogrosso, teve namorados que testaram positivo para o vírus, incluindo Cazuza, mas acabou não contraindo a doença. Em entrevista, ele explicou que não sabe como isso não aconteceu. “Não tem explicação. Pedi essa explicação e o médico não me deu. Mas nem por isso vou ficar dando mole, prefiro não acreditar que sou uma pessoa imune. Eu sei sorte”, contou ele ao TV Fama.

A cantora Fergie, ex integrante da banda estadunidense The Black Eyed Peas, é ativista no combate à AIDS e é doadora assídua para pesquisas relacionadas à doença. Sempre que consegue, ela aproveita sua aparição na mídia para incentivar o sexo seguro. Em 2009, a loira aproveitou a estreia do filme “Nove” em Londres, para fazer um alerta:

“Infelizmente, não tenho amigos que não se cuidaram quando fizeram sexo e hoje são infectados pelo HIV, por isso o assunto me toca tão pessoalmente. As pessoas têm se mostrado displicentes… AIDS e sexo seguro são assuntos que fazem parte da vida. Quem se protege e protege seus parceiros ou parceiras torna qualquer transa mais atraente”.

O primeiro artista brasileiro a falar abertamente sobre o assunto, Cazuza surpreendeu a população ao contar que era soropositivo. “Nunca pensei”, era o que não saía da boca das pessoas quando souberam da doença do cantor.

O atual deputado federal, Alexandre Frota, foi alvo de muitas acusações sobre ter AIDS na época em que atuava em filmes pornográficos. Porém, o famoso falou abertamente sobre a doença, negou ter HIV e incentivou o uso de camisinhas.

Leandro Buenno, que participou do The Voice de 2014 na Rede Globo, abriu o jogo sobre ser homossexual e soropositivo em suas redes sociais, expondo sobre o preconceito que sofreu.

“Ser gay e HIV+ num país que trata ambos os assuntos de forma tão distante e pejorativa, não é assim tão fácil. Pertenço a um grupo que aparenta sempre ter que viver atrás de um muro, tendo que medir as palavras, os trejeitos, omitir pra ser ‘aceito’ e tentar se encaixar no que aparentemente é o ideal”, desabafou.

Já a Princesa Diana, fez sua parte conscientizando a população sobre o HIV.

Ney Matogrosso
Ney Matogrosso Foto: Reprodução

A princesa surpreendeu a todos em 1987 ao dar as mãos com um homem com AIDS. Naquela época, por não possuir muitas informações sobre a doença, muitos chegavam a acreditar que esse simples gesto pudesse ser uma forma de contágio. E, como se não bastasse, em outro momento durante uma conferência, ela conscientizou as pessoas à respeito da doença.

“A AIDS não respeita cor, classe social ou religião. Também não tem apreço por fronteiras internacionais. Muito em breve, todos conheceremos alguém com AIDS. Um irmão, uma irmã, mãe, pai, filho ou filha pode ser o próximo. Como iremos tratá-los? Com compaixão e cuidado ou medo e rejeição?”, indagou ela na ocasião.

Tenho 23 anos e estou cursando o último semestre de Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Minha maior paixão, desde sempre, foi a escrita, e usar o Jornalismo para tocar a vida das pessoas.