Ju Colombo, a Dalva de Um Lugar ao Sol quer que a TV seja um espelho para que mais mulheres possam se ver em sua personagem. Ainda que raro para um personagem negro na ficção, a atriz destaca que a cozinheira tem uma trajetória ascendente na novela das nove. As tramas valorizam mais os sofrimentos que as realizações pessoais.
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Ju Colombo explica, em entrevista ao site Notícias da TV, que a dor não define Dalva, mas sim serve para que ela possa melhorar de vida: “Ela vive uma história de conquistas e realizações que não nega os desafios, mas que dá ênfase às vitórias construídas e não ao sofrimento. É preciso mostrar referências de avanço e aprimoramento que considerem mais a força que temos para realizar os nossos objetivos. Chega de arrastar correntes. Deixar essa mensagem é mais valioso do que ficar sublinhando a dor dos processos.”
A personagem de Ju Colombo não teve uma vida fácil na novela, mas os problemas não são o foco de sua narrativa, sim o esforço dela para superar a própria vergonha e o preconceito dos outros para voltar a estudar.
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“Como mulher, preta, na casa dos 50, mãe que criou os filhos com a cara, a coragem, muita oração budista e arte, é minha responsabilidade contar essas histórias. Falar sobre isso é, para mim, cumprir o papel da arte de levar para as pessoas a esperança e a possibilidade de transformação de suas vidas.”
Ju Colombo ainda destaca que o papel traz representatividade para um grupo diversas vezes esquecidos pelos autores, diretores e produtores, e faz um apelo: “Criem histórias para mulheres maduras. Apostem nas narrativas que valorizem nossa trajetória. Uma pessoa que já viveu meio século, construiu vivências, sedimentou caminhos e aprendeu com a vida tem muito a contribuir com o novo. Uma sociedade que não valoriza os seus veteranos não cultiva suas raízes.”