A Globo quis e correu atrás para ter Jade Picon como uma das protagonistas da próxima novela das nove: Travessia. Por não ter o DRT de atriz, a influencer inicialmente havia sido “barrada” pelo sindicato dos artistas além de ter sofrido muitas críticas nas redes sociais por ter conseguido o papel na trama.
Na ocasião da polêmica, segundo informações divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, do Em Off, Jade Picon precisará providenciar alguns documentos caso queira dar continuidade ao trabalho. Já o presidente do Sindicado dos Artistas do Rio de Janeiro (SATEDRJ), Hugo Gross, lamentou a escolha dela para o papel:
“Não acho justo ela tomar um espaço em qualquer emissora de televisão e a gente vai tomar as medidas cabíveis para que isso não aconteça. E a categoria vai nos apoiar”, disse ele. Depois da confirmação de Jade Picon, a publicação procurou novamente o presidente do sindicato para entender sobre essa liberação.
De acordo com Hugo, o sindicato concedeu a Jade Picon uma autorização especial e temporária com prazo de validade até que ela termine a novela. O presidente do sindicato ainda informou que essa autorização provisória é paga e equivale a 5% da remuneração da influenciadora.
“Continuamos a defender o registro profissional com unhas e dentes e vamos defender sempre. O Sated dentro da Lei 6533/78 não tem poder de polícia, mas dentro da lei existe uma lacuna, em que qualquer empresa de teatro, de cinema ou de teledramaturgia, que seja de shows, tem o direito a um número específico de cada produto. Por isso, existe autorização especial para aquele produto. Nesse caso da Jade Picon, nós demos uma autorização especial e específica para aquele produto, válido para o período que foi pedido”, explicou o presidente do sindicato.
“Dentro de uma obra podem ter se eu não me engano três para cada produto. Então mais que isso não pode ser feito. O sindicato não está aqui para tolir trabalho de ninguém. Muito menos das empresas. Está aqui pra proteger a lei. E quando a coisa é feita dentro da legalidade não tem como negar isso. A Rede Globo fez dentro da legalidade. Foi feita uma reunião e nós cedemos uma autorização específica para o produto.”, contou Hugo salientando que a contratação de Jade Picon foi feita dentro da legalidade.
