Silvio de Abreu, ex- chefe de Dramaturgia da Globo, usou seu talento como autor para chamar a atenção de anunciantes para o HBO Max. Nesta quinta-feira (11), ele deu dicas de como incluir uma marca dentro da ficção em um institucional da WarnerMedia.
Silvio de Abreu foi anunciado como funcionário do conglomerado de mídias, levando com ele duas peças importantes da Globo, Monica Albuquerque e Edna Palanatik. Silvio chegou ao streaming para produzir novelas curtas, chamadas pela HBO Max de telesséries.
No vídeo, Silvio de Abreu conta que o fator realidade precisa ser considerado no momento em que a propaganda acontece na novela, para que o público acredite na mensagem.
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Silvio de Abreu mostrou quando escreveu uma cena patrocinada para o último capítulo de uma trama. Ele usou o artifício de um encontro romântico como plano de fundo para uma ação de cartão de crédito, por exemplo.
“Coloquei essas duas pessoas em um restaurante em Toscana. Elas não se conheciam, ambas pagavam com cartão. O garçom se confundia e os trocava. Assim, eles se viam e destrocavam. Com isso, fiz a junção entre os dois personagens, mostrei a marca e dei um contexto absolutamente natural.”
Mudança no gênero
Silvio de Abreu afirma que o público busca um novo perfil na dramaturgia atualmente. Antigamente o espectador queria acompanhar um personagem perfeito, mas isso mudou por conta da febre dos reality shows.
“Os realities mudaram muito a concepção de o que as pessoas querem ver na televisão. Primeiro, era uma coisa mais idealizada, as mulheres tinham que ser perfeitas e os homens tinham que ser muito idealizados, muito bonitos, muito arrumados”, analisa Silvio de Abreu.
Big Brother Brasil e seus semelhantes mostram falhas dos participantes e com isso, criou uma cultura de empatia do público. Silvio de Abreu afirma que por isso, o público passou a torcer para se reconhecer na ficção também.
“Os realities mostraram que o que as pessoas querem ver na tela são eles mesmos, são seus iguais, e a possibilidade de ele como pessoa participar desse mundo que a novela cria. “
