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Processada por LGBTfobia, Patricia Abravanel faz campanha contra preconceito: “Nos unir”


Patricia Abravanel expõe que 'excluiu' irmãs do grupo da família nas redes sociais Foto: Reprodução

Patricia Abravanel foi processada por LGBTQIA+fobia no ano passado, dessa vez a herdeira do SBT começou 2022 estrelando uma campanha da emissora contra o preconceito com lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e assexuais.

A campanha começou a ser divulgada no último sábado (1º), mas começou a viralizar nas redes sociais nesta segunda-feira (3). No vídeo, que conta com vários funcionários da emissora, Patricia Abravanel é a primeira a aparecer.

“Há 15 anos, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo”, começou Patricia Abravanel. “E o que você, o que nós temos a ver com isso? LGBTfobia é crime. E a gente contribui com isso sempre que nos omitimos. Quando propagamos discursos de ódio”. Continuou a filha de Silvio Santos.

“Quando ofendemos a luta de tantas pessoas, quando não respeitamos os direitos do outro. Sabendo dessa realidade, precisamos nos unir e buscar a transformação”, prossegue Patricia Abravanel. “E ela começa em cada um de nós. A família SBT quer evoluir junto com você. E aí, você vem?”.

A campanha do SBT acabou gerando polêmica nas redes sociais. O motivo é o histórico de Patricia Abravanel. Recentemente, a apresentadora e o SBT foram alvos de denúncias sob acusação de LGBTfobia. Nas redes sociais, o público não esqueceu nada do que foi dito por ela e a acusou de hipocrisia.

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A polêmica começou quando, durante seu programa, Patricia Abravanel defendeu Caio Castro e Rafa Kalimann. Eles estavam recebendo críticas após compartilharem nas redes sociais um vídeo com falas homofóbicas de um pastor. A filha de Silvio Santos tentou justificar a situação, alegando que muitas pessoas conservadoras ainda estão aprendendo a lidar com a diversidade.

“Eu acredito que nós mais velhos e educados com pais conservadores estamos aprendendo, mas acho que é um direito as pessoas respeitarem. […] Tudo é muito polemizado. Eu não acho que o Caio Castro e a Rafa Kalimann são homofóbicos, só foram educados de outra forma”, afirmou Patricia Abravanel.

“Eu acredito que o LGBBTYH, não sei, querem ter respeito, eles tem que ter respeito a quem tá aprendendo, tem que ter respeito e compreensão e não massacre”, disse Patricia Abravanel. A fala da apresentadora causou revolta na web, na ocasião.

SBT nega que tenha feito campanha por causa de processo:

O SBT divulgou uma nota nesta quarta-feira (12/1) negando que a campanha contra a LGBTfobia veiculada no canal neste mês de janeiro tenha sido resultado de uma determinação da Justiça, conforme divulgou a advogada Marina Gonzarolli, fundadora do Me Too Brasil.

“O SBT esclarece que não é verdade que sua campanha sobre a importância de combater a LGBTfobia foi ordenada pela Justiça. Ao contrário do que está sendo divulgado, não existe condenação contra a emissora e nem à artista Patricia Abravanel. É bom que fique claro que o SBT lançou essa campanha na TV e em todas as plataformas digitais com o intuito de conscientizar e transformar as pessoas. A emissora sempre teve o seu Comitê de Diversidade e Inclusão para tratar dessa e de outras temáticas ao longo dos anos”.

“Vale ressaltar ainda que, através da Universidade Corporativa e da plataforma SBT do Bem, o canal possuí um calendário anual de ações afirmativas em diversidade, inclusão e pertencimento. A iniciativa, inclusive, conta com o apoio da empresa uma diversidade criativa, referência no mercado. Ciente da gravidade e por se tratar de informações inverídicas, o SBT já tomou as devidas providências para esclarecer a situação e irá solicitar a retificação das publicações”.

Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.