Televisão

Patricia Abravanel inicia campanha contra LGBTfobia e choca público


Patrícia Abravanel do SBT aparece na Globo (Reprodução)

A apresentadora Patricia Abravanel surpreendeu o público do SBT ao iniciar uma campanha contra a LGBTfobia“Há 15 anos, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo”, iniciou ela.

Logo depois ela continua: “E o que você, o que nós temos a ver com isso? LGBTfobia é crime. E a gente contribui com isso sempre que nos omitimos. Quando propagamos discursos de ódio”.

“Quando ofendemos a luta de tantas pessoas, quando não respeitamos os direitos do outro. Sabendo dessa realidade, precisamos nos unir e buscar a transformação”, continuou a filha de Silvio Santos.

“E ela começa em cada um de nós. A família SBT quer evoluir junto com você. E aí, você vem?”, finaliza as imagens divulgadas. Entretanto o vídeo acabou gerando uma grande polêmica nas redes sociais. O motivo é o histórico de Patricia Abravanel.

Há poucos meses, ela e o SBT foram alvos de denúncias sob acusação de LGBTfobia. Na intenet, o público até o momento não perdoou e não esqueceu nada do que foi dito por ela e a acusou de hipocrisia, tanto da parte dela e da emissora de tv.

Na época as ações foram protocoladas pelo Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADVS) e a Associação Brasileira de Mulheres LBTIs (ABMLTBI).

E a grande responsável pelas denúncias foi a advogada Luanda Pires, integrante dos dois grupos. De acordo com ela, a primeira ação envolvendo apenas a emissora de Silvio Santos foi encaminhada à Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo.

Já a segunda denuncia, contra a apresentadora e a emissora, foi encaminhada como notícia-crime ao Ministério Público Federal.

De acordo com o site UOL, os grupos destacam as falas de Abravanel durante o programa Vem Pra Cá nas tardes do SBT.

A apresentadora afirmou que os gays precisam ‘compreender’ quem não os respeita. Estimulando a ideia de que o crime de LGBTfobia deve ser entendido pelas vítimas“, iniciou Luanda.

O documento também diz que a apresentadora Patricia Abravanel teria debochado da sigla LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexual e demais orientações sexuais e identidades de gênero).

“Isso, somado ao fato de afirmar que algumas pessoas escolhem sua orientação sexual, fomenta um discurso de ódio contra essa população“, iniciou a representante.

Pires também destacou ainda que a liberdade de imprensa. Porém a questão que pode ser alegada pela emissora, não pode ser justificava para as declarações feitas pelo dono da emissora.

“O pluralismo de ideias não é absoluto: fortalecer padrões de conduta que levam a opressão e a sujeição desta população fere o direito a vida“, concluiu ela.

Patricia Abavanel (Foto: Reprodução/SBT)
Patricia Abavanel (Foto: Reprodução/SBT)

SBT nega que tenha feito campanha por causa de processo:

O SBT divulgou uma nota nesta quarta-feira (12/1) negando que a campanha contra a LGBTfobia veiculada no canal neste mês de janeiro tenha sido resultado de uma determinação da Justiça, conforme divulgou a advogada Marina Gonzarolli, fundadora do Me Too Brasil.

“O SBT esclarece que não é verdade que sua campanha sobre a importância de combater a LGBTfobia foi ordenada pela Justiça. Ao contrário do que está sendo divulgado, não existe condenação contra a emissora e nem à artista Patricia Abravanel. É bom que fique claro que o SBT lançou essa campanha na TV e em todas as plataformas digitais com o intuito de conscientizar e transformar as pessoas. A emissora sempre teve o seu Comitê de Diversidade e Inclusão para tratar dessa e de outras temáticas ao longo dos anos”.

“Vale ressaltar ainda que, através da Universidade Corporativa e da plataforma SBT do Bem, o canal possuí um calendário anual de ações afirmativas em diversidade, inclusão e pertencimento. A iniciativa, inclusive, conta com o apoio da empresa uma diversidade criativa, referência no mercado. Ciente da gravidade e por se tratar de informações inverídicas, o SBT já tomou as devidas providências para esclarecer a situação e irá solicitar a retificação das publicações”.

Autor(a):

Tenho 24 anos e sou estudante de Relações Públicas. A paixão pelo mundo da teledramaturgia vem desde criança e meu objetivo é informar com clareza.