Televisão

Panicat fala sobre a ‘imundice’ dos bastidores do Pânico: “Me agarrou e colocou o p* para fora”


Pânico voltará à televisão (Reprodução)

O programa Pânico passou pela RedeTV! e pela Band, ficando marcado por seus quadros de humor, personagens como Vesgo e Silvio, e também pelas Panicats, as assistentes de palco.

Gabi Levinnt foi uma das Panicats e ela revelou que a experiência foi traumática. Após passar por péssimas situações nos bastidores, a moça precisou buscar ajuda para cuidar de sua saúde mental.

No Pânico, Gabi contou que foi assediada sexualmente e moralmente por diretores e integrantes da atração, em entrevista à Fábia Oliveira.

“O Pânico não me dava dinheiro, mas me proporcionava fazer outras coisas fora da televisão, como campanhas, desfiles para marcas, ensaios de biquíni e presenças VIP e foi isso que me tirou da pobreza”, contou Gabi.

Com tantas críticas por seu trabalho, a modelo precisou fazer terapia: “Eu não entendia direito porque era tão xingada, julgada e recebia ofensas pelo meu trabalho”.

“Tive que sumir para me recuperar da imundície dos bastidores”, disparou Gabi sobre o Pânico.

A imundice se refere aos assédios que ela enfrentou no período que passou como Panicat: “Eu falo de fofocas e principalmente de assédios sexual e moral que eu sofri durante os quatros anos que trabalhei no Pânico. Entrei lá em 2012 e saí em 2018 e vi como era um ambiente machista e tóxico.”

“Eu trabalhava no programa Legendários [da RecordTV] e fui indicada por uma amiga para fazer uma participação no Pânico, onde eu aparecia nua no lugar do entregador de pizzas. Topei porque a nudez nunca foi um problema para mim e até que foi tranquilo porque todos me respeitaram e tudo saiu melhor do que esperavam”, relembra Gabi.

Um dos assédios foi cometido por um dos diretores do Pânico.

“Passei a ser chamada para outras gravações e uma vez no intervalo de uma delas, um dos diretores me chamou para um reservado. Eu juro que achei que ele iria passar alguma coisa, uma dica ou me cobrar algo. Não levei na maldade mesmo, mas aí ele me agarrou e colocou o p** para fora. Praticamente me obrigou a fazer um bo***** e disse: ‘Se você quer aparecer mais, tem que colaborar’. Saí correndo, me mantive quieta o resto do dia e deixei para pensar o que iria fazer no dia seguinte. Decidi ver qual era a situação.”

Ao observar o comportamento no ambiente do Pânico, Gabi disse notar que esse tipo de assédio era algo normal. “Percebi que aquilo era uma coisa rotineira e que todas as meninas eram assediadas”, acrescentando que todas as assistentes – mais famosas ou somente para participações – eram vítimas.

Além do assédio sexual, Gabi detalha que foi vítima de assédio moral: “Nós éramos chamadas de p**** e vagabundas pelos diretores e pelos atores. Diariamente.”

No entanto, alguns integrantes mantinham um comportamento correto com as Panicats: “Os únicos que nos respeitavam eram o Carioca, Ceará e o Emílio.”

Gabi Levinnt falou sobre a 'imundice' dos bastidores do Pânico (Reprodução/Instagram)
Gabi Levinnt falou sobre a ‘imundice’ dos bastidores do Pânico (Reprodução/Instagram)

Autor(a):

Jornalista e repórter com mais de 5 anos de experiência com reportagens e coberturas do mundo do entretenimento.