No último sábado (25), Marieta Severo participou do Altas Horas, onde comentou sobre a censura que sofreu no regime militar, assim como Chico Buarque, seu marido na época.
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Durante um momento do bate papo, Marieta falou do período que enfrentou: “Foi na época da Ditadura, uma época terrível, que a a gente espera que não volte nada semelhante, parecido. Existia uma censura, uma impossibilidade de Chico [Buarque, cantor e ex-marido de Marieta] se apresentar na televisão, e eu achava que não era justo eu me apresentar com ele sendo censurado. Foi por isso. Eu fiquei uns dez anos sem fazer televisão, e o motivo foi esse, não foi uma opção profissional de ‘quero fazer mais teatro’”, disparou.
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Ainda na entrevista, ela comentou que, por conta da censura, teve viajar grávida para a Itália, pois Chico Buarque poderia ser levado para a cadeia no Brasil:
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“A gente recebia muito recado de que, se Chico voltasse, ele ia ser preso. Eu estava com barrigão… Aí a gente falou ‘não vamos voltar’, e aí Silvinha nasceu na Itália por causa disso, ficamos mais de um ano lá por causa desse período tenebroso, que alguns aí clamam de volta. Mas eu com a minha experiência, minha vivência de ter passado por esses períodos todos, digo que não há nada pior. É insuportável não ter liberdade, é insuportável viver sem democracia”, disse ainda.
Marieta Severo alfineta Bolsonaro
Além disso, Marieta Severo aproveitou para desejar que a situação mude no país e deixou uma indireta para o governo de Bolsonaro.
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“Que o ano que vai entrar seja um ano em que nós brasileiros possamos lidar com coisas mais alegres, positivas, construtivas, resgatar toda a alegria e criatividade que nosso povo tem. Sem esse discurso tão ruim de violência, de arma, de ódio, de estímulo à briga entre nós. A gente não é assim, não quer ser assim e não seremos assim no ano que vem”, declarou.
