O cantor Leonardo se pronunciou na Justiça a respeito de uma acusação que sofreu do compositor Mário Soares, um dos autores da clássica música sertaneja Pense em Mim. O cantor revelou que não fez humilhação nenhuma ao ator da música.

A informação foi divulgada pelo colunista Rogério Gentile, do UOL, que ainda frisou o fato de que o compositor entrou com um pedido de indenização por danos morais e materiais contra o cantor sertanejo, alegando que a dupla sertaneja Leandro e Leonardo gravou a música em 1990 sem sua autorização prévia.

Durante o processo, Mário Soares assentiu nunca ter recebido a remuneração devida pelos direitos autorais e contou que Pense em Mim era um reggae quando foi composta originalmente em 1985 por Mário Soares, Douglas Maio e José Ribeiro. A música chamava-se Com Destino à Felicidade.

Na Justiça, o compositor revelou que os sertanejos conheceram a música quando ela foi apresentada no programa de televisão Clube do Bolinha, durante a realização de um show de calouros. Após ter gravado a música no álbum Leandro e Leonardo Vol.4, ambos foram atrás da obtenção do consentimento, o que não haveria sido feito de maneira formal.

Mário ainda confirmou no seu processo que foi pressionado por Leonardo e por outros indivíduos do mundo artístico a dar a autorização. Ele, com isso, está cobrando o pagamento de R$598,8 mil, considerando royalties e indenização.

Em resposta, o cantor sertanejo compartilhou que a ação é uma aventura jurídica de pessoas que tentam enriquecer sem causa: “É muito estranho afirmar que, 30 anos após as tratativas relativas as canções, [Mário] finalmente sentiu-se injustiçado e resolveu buscar direitos que nunca teria recebido durante todo este período!”.

“No que tange aos direitos autorais, nada tem [o compositor] a reclamar com Leonardo, visto que ele não participou das tratativas e muito menos firmou qualquer contrato que determinou as remunerações”, continuou a defesa do artista. ainda fez questão de garantir que não colocou o compositor em condições vexatórias e que a vontade de Mário, na realidade, é: “tumultuar o Poder Judiciário, como se processar alguém fosse uma simples brincadeira”.