No dia 2 de outubro de 1985, o ator Rock Hudson galã de Hollywood foi um dos primeiros a morrer por conta da Aids. Durante aquela época a doença não era conhecida e foi denominada de forma preconceituosa de “peste gay”.
O falecimento do galã foi noticiado pelo mundo inteiro e o corpo foi cremado três horas depois do óbito. Entretanto, o seu funeral foi realizado, conforme sua vontade, em alto-mar, numa festa com alegria e champanhe em um iate para dizer adeus ao artista.
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Hudson recebeu o diagnóstico aos 59 anos e virou manchete de jornais e revistas. O galã fez mais de 60 filmes, e arrancava suspiros das moças entre 1950 e 1960. Rock era reservado quando sua vida pessoal, pois sabia que diante de sua orientação sexual seria rejeitado pela indústria cinematográfica.
Uma revista norte-americana ameaçou expor tudo sobre o galã em 1955. Mais à frente, foi revelado que o ator teria se casado com Phyllis Gates, secretaria de seu agente, sendo sua única companheira durante três anos. Após isso, ele encontrou seu verdadeiro amor em Lee Garlington um romance que foi mantido às escondidas durante décadas.
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Garlington concedeu uma entrevista para a revista People em dezembro de 2018 e revelou: “Não podíamos tirar fotos juntos, era muito perigoso”, disse ele. Em 2015 ele já havia dado detalhes sobre o relacionamento dos dois.
“Ele era o maior astro do mundo à época, e os rumores diziam que ele era gay. Então, pensei: ‘Vou ficar de olho nele’. Fingi que lia uma revista, que provavelmente estava de ponta-cabeça naquele momento, e o vi descer a rua. Ele e chegou, passou por mim e me olhou uma vez. Foi isso.”
O relacionamento se iniciou em 1962 e também durou três anos. Garlington contou que após o primeiro encontro ele foi convidado a ir para a mansão do ator. “Ele tinha 1,92 metro, cem quilos, era um monstro. Me ofereceu uma cerveja, mas nada aconteceu. Eu estava muito nervoso. Ele me disse: ‘Bom, vamos sair mais juntos’. E saímos”.
Rock Hudson além de atuar também serviu a Marinha dos Estados Unidos no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) antes mesmo de ir para a indústria cinematográfica em 1946. Sua estreia foi no filme Suor e Lágrimas, em 1948, com um papel menor. E após isso ele nunca mais largou a carreira nas telas dos cinemas de Los Angeles (EUA).
