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Duda Reis fala sobre instituto de apoio a vítimas de violência doméstica: “A mulher vai sempre ser taxada de louca”


Duda Reis (Foto: Reprodução/Instagram)

Duda Reis, de 20 anos, abriu recentemente o Instituto Survivor, de apoio a vítimas de violência doméstica. Em entrevista a Quem, a modelo revelou que o autoconhecimento a ajudou a se livrar do pensamento sobre como a sociedade a enxergaria após os episódios de violência doméstica.

Duda Reis começou a desenvolver o Instituto Survivor em junho do ano passado, meses depois de denunciar seu ex-noivo, o funkeiro Nego do Borel por crimes como estupro de vulnerável, lesão corporal, injúria e ameaça.

As mulheres que procurarem o Instituto de Duda Reis, terão atendimento gratuito de psicólogas e aulas de yoga para autoconhecimento, possibilitadas pelo apoio financeiro de marcas parceiras. Caso precisem de assessoria jurídica, elas serão encaminhadas para o Projeto Justiceiras, da promotora Gabriela Manssur.

“A gente libera perdão e consegue a cura achando propósito e curando as pessoas. Meu papel principal é usar a minha voz para mostrar que infelizmente a violência doméstica é comum em qualquer lugar do mundo, e todo mundo pode ter algum familiar ou conhecido que passa por isso. Nada melhor do que ser um exemplo de superação mostrar que é possível voltar a viver e se reestruturar”, diz Duda Reis.

“Lidar com angústia é muito ruim, e a gente também é ensinado a não se sentir assim porque faz a gente refletir, e a sociedade não quer que a mulher pense. Nesse meu processo de ressignificação, em que fiz muita análise, yoga e li muitos livros para entender meu feminino, foi um processo bem difícil.” Explica Duda Reis.

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“A sociedade é sempre muito machista, e a mulher vai sempre ser taxada de louca independentemente de qualquer coisa. Mesmo se tiver um vídeo, as pessoas vão duvidar, enquanto o abusador é tido como rei. Quando eu entendi que eu poderia fazer a mudança acontecer na vida de outras pessoas, a chave virou para mim. E salvar vidas, meu Deus, é um privilégio. É salvar vidas, mesmo, porque o fim disso tudo é o feminicídio”, revela Duda Reis.

“É muito complexo querer que uma pessoa se recupere de uma relação abusiva tão rapidamente. Hoje eu consigo olhar como se fosse um capítulo da minha vida, mas algumas situações ainda me ‘gatilham’, me lembram algum lugar ou momento. Às vezes ainda quero fugir para não pensar. Quando isso acontece, preciso me concentrar e praticar o que eu aprendi ao longo deste mais de um ano para voltar para o meu eu e entender que eu não tenho culpa de nada, assim como nenhuma mulher tem”, esclarece Duda Reis.

Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.