A Disney foi detonada pela Claro, a maior operadora de TV paga do Brasil, por ter tirado filmes, séries e jogos ao vivo de seus canais lineares para privilegiar seus serviços de streaming, Disney+ e Star+. “Este movimento encarece o serviço para o assinante e deixa tudo mais caro”, disse a Claro.
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A Claro fez a crítica ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), durante o processo de fusão entre Discovery e WarnerMedia, onde apenas precisava responder se era a favor ou não da fusão, onde não colocou nenhum empecilho para que o negócio fosse aprovado.
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A Claro afirma que se preocupa com o esvaziamento de conteúdo relevante, sendo que os canais Discovery e Warner são insubstituíveis na sua base. Para exemplificar isso, criticou a estratégia da Disney de retirar filmes, séries importantes e futebol ao vivo dos canais.
Segundo a Claro, essa prática encarece os valores pagos pelo público para ter acesso à todos os conteúdos. A Disney foi criticada principalmente por retirar temporadas inéditas de The Walking Dead e This Is Us do Star Channel e a saída dos jogos europeus clássicos, como Manchester United x Liverpool.
Tendência
“Ao lançar os aplicativos Disney+ e Star+, a Disney excluiu conteúdos com audiência significativa de alguns canais, tornando-os de exclusivo acesso nos referidos aplicativos. Por exemplo, as séries The Walking Dead e This is Us, os conteúdos esportivos voltados a campeonatos específicos como a Premier League”, a Claro comentou em carta à qual o Notícias da TV teve acesso.
“Além disso, é importante destacar que este movimento encarece o serviço para o assinante na medida em que, para ter o mesmo conteúdo antes disponível em seu pacote de TV por assinatura, o mesmo terá que adquirir um novo produto Direct-to-Consumer (D2C). Adicionalmente, estas retiradas de conteúdo não acarretaram qualquer desconto nos custos de programação que pudessem ser repassados aos assinantes”, concluiu a Claro.
Outras empresas tem seguido a mesma tendência da Disney, onde a estratégia é deixar conteúdos de séries, filmes e futebol na exclusividade para atrair mais assinantes e, consequentemente, ganhar mais dinheiro.
A Claro não citou outros exemplos, mas a própria WarnerMedia deixou jogos relevantes da Champions League para o HBO Max e retirou a série Friends (1994-2004) da TV paga.
