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Dira Paes abre o jogo sobre o sucesso de Pantanal: “O Brasil estava com saudade”


Dira Paes (Foto: Reprodução)

Dira Paes concedeu uma entrevista a Veja e revelou o quanto está feliz com o sucesso de Pantanal e de sua personagem Filó na trama escrita por Bruno Luperi. De acordo com a atriz, a novela agradou o público que estava com saudades de uma trama que tirasse o foco do Brasil politicamente polarizado em que vivemos hoje.

“A novela tem uma consistência, como um organismo que é vivo. O público ainda vai ter surpresas”, explicou Dira Paes que continuou dizendo:’ “Eu estou tentando assistir à novela como público também. Fora as cenas de que participo, eu consigo ter um discernimento, eu reajo à novela. Mas eu te digo, eu acho que o Brasil estava com saudade do Brasil”.

Na mesma entrevista, Dira Paes deu sua opinião: “Eu acho que o Brasil estava com saudade de se conectar ao mesmo tempo em torno de algo agradável que reunisse a família e que pudesse se falar de temas que não se falam de uma maneira mais suave, sem dogmas, sem querer impor nada, criando ideias. Essa reunião conectada no mesmo horário, que é a dinâmica de novela, estava se esvaindo”.

“Eu vejo que as pessoas falam: ‘Nossa, quando achava que já tinha assistido ao melhor capítulo, vem outro melhor, mais envolvente, já quero outro’. Acho que o brasileiro estava com saudade desse encontro, de uma coisa sem polarização”. Comentou Dira Paes que também falou sobre Filó ser uma mulher que está ali para servir seu amado.

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“Eu acho que a Filó é uma mulher que se submeteu a um formato de família sem almejar um reconhecimento dentro dos padrões naturais. Ela não quer nada que não seja para ela que não seja de verdade, de coração. E é uma relação que a gente vê muito por aí, de mulheres submissas e submetidas a trabalhos domésticos. E isso não é reconhecido de uma forma como a gente sabe que deveria ser”. Explicou Dira Paes.

“Acho que a Filó representa essa fatia da sociedade em que as mulheres precisam ser mais reconhecidas pela sua atividade doméstica, vamos dizer. Esse tratamento é muito comum na sociedade brasileira, então acho ótimo que isso seja a discussão da Filó. Ao mesmo tempo, ela não é uma mulher sem voz, né? Tem ali também uma alquimia entre ela e Zé Leôncio que, aparentemente, ele é o que fala mais alto, mas não é ele quem decide. A gente vai perceber que as decisões, apesar do Zé Leôncio falar alto, as decisões estão no silêncio da Filó”, contou Dira Paes.

Jornalista e Radialista. Trabalho com comunicação há 15 anos, levando informação e entretenimento com seriedade ao público.