O apresentador da RecordTV e deputado federal pelo Republicanos, Celso Russomano, foi condenado por uma falsa acusação no quadro Patrulha do Consumidor, exibido dentro do Cidade Alerta.

No quadro, Celso resolve pendências entre clientes e empresas, além de visitar supermercados para verificar se as normas sanitárias estão sendo seguidas. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL.

Em um dos programas, o deputado federal diz que a distribuidora de gás Laércio de Melo M.E. agia com “má-fé” e “extorquia” a população ao vender os botijões por preços abusivos. “Olha que malandragem”, diz Celso, que estava acompanhado por um representante do Procon de São Paulo.

Na reportagem, Russomano diz que a distribuidora pagava R$ 23 pelo botijão na Petrobras e revendia por R$ 105 ao consumidor. A Justiça, no entanto, considerou que as acusações são falsas: “Sem fontes seguras e recheada de informações falsas, a reportagem revelou-se sensacionalista e ofensiva”, disse o juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 4ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo.

“O autointitulado ‘Patrulheiro do consumidor’, detentor de incomum influência junto ao Procon de São Paulo, acabou por prejudicar pequeno empresário que não merecia ser achacado em rede nacional”, continua o magidtrado.

Na sentença, o juiz destaca que a distribuidora pagava R$ 47 pelo botijão e revendia por R$ 81 ao consumidor. “Nenhuma venda foi documentada e sequer verdadeiros clientes da empresa foram entrevistados”.

Em defesa, RecordTV e Celso Russomano afirmaram que a reportagem apresenta fatos e fontes verdadeiras. “A matéria jornalística foi absolutamente imparcial, profissional, de cunho informativo e investigativo”, dizem a emissora e o apresentador.

“A reportagem se baseou em denúncias feitas por consumidores que se sentiram indignados com o preço abusivo praticado pela empresa”, concluíram Celso e RecordTV, que ainda podem recorrer da decisão.