Há anos, Carlos Alberto de Nóbrega faz um humor em A Praça É Nossa, no SBT. Com sua expertise em divertir o público, o apresentador disse que hoje em dia é mais difícil fazer humor do que durante a Ditadura Militar, entre 1964-1985.

Em entrevista ao Programa de Todos os Programas, de Flávio Ricco e Dani Bravoso, no R7, Carlos Alberto relembrou as dificuldades de trabalhar durante o período militar: “Naquele momento a gente lidava com uma autoridade que apontava o dedo na sua cara e dizia que você era um moleque, safado. Apenas quatro paredes ouviam. Hoje, com a internet, o mundo inteiro te agride se você falar uma piada”, disse.

Carlos lamentou a falta de programas humorísticos na televisão aberta. Com o cancelamento de outros do gênero, como Zorra Total, Toma Lá Dá Cá, Sai de Baixo, Pé na Cova, Os Caras de Pau e muitos outros, só restou a tradicional Praça.

“Acabaram com o humor na televisão brasileira”, disparou o apresentador, culpando a patrulha da internet e o politicamente correto.

“Na televisão aberta você não pode falar mais nada sem ser criticado ou cancelado. Na TV fechada ainda tem uma liberdade um pouco maior. Pode falar palavrão ou fazer algumas brincadeiras.”

A Praça é Nossa sempre foi um celeiro de humoristas, com Carlos Alberto de Nóbrega abrindo espaço para os novos talentos. Por isso, todos são sempre bem-vindos e o apresentador não guarda mágoa de nenhum que já passou por seu banco.

No entanto, somente uma artista Carlos Alberto proíbe que sente no banco da praça. “Eu que lancei a artista. Depois que ela ficou muito conhecida e passou a ganhar um salário exorbitante no SBT, ela mandou adicionar no contrato uma cláusula que dizia que ela não podia participar do programa. Fiquei mais zangado com o Silvio que permitiu algo do tipo. Até hoje, ela nunca mais participou do programa porque eu não quero mais”, disparou.