Os pais do sequestrador do empresário Silvio Santos tentam há aproximadamente dez anos receber uma indenização de 200 000 reais (valor atualizado) a que têm direito. Em 2012, a Justiça determinou que Antônio Sebastião Pinto e Anésia de Jesus Dutra Pinto, pai e mãe de Fernando Dutra Pinto e Esdra Dutra Pinto, sejam compensados financeiramente pela morte do primeiro filho, ocorrida em 2002.
Há vinte anos, Fernando e Esdra sequestraram Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT, e dias depois mantiveram Silvio Santos refém em sua casa, no Morumbi. Fernando, morreu aos 22 anos, numa penitenciária de São Paulo por parada cardiorrespiratória decorrente de uma pneumonia bacteriana.
No entanto, de acordo com informações da revista Veja, as circunstâncias que antecederam a morte do rapaz que sequestrou Silvio Santos ainda são misteriosas e foram descritas num relatório do Observatório das Violências Policiais e dos Direitos Humanos como crime de tortura.
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Os advogados do sequestrador de Silvio Santos, tentaram provar que ele havia sido espancado e envenenado na prisão. Um inquérito até foi aberto pela Corregedoria de Polícia, mas nada foi comprovado oficialmente. Os pais de Fernando, Antônio Sebastião Pinto e Anésia Dutra Pinto, entraram com um processo contra o Estado por danos morais causados ao filho, além do pedido de uma pensão e o valor gasto com o enterro.
Depois de vários recursos, os pais conseguiram sentença favorável aos danos morais, já que a Justiça entendeu que Fernando estava sob custódia da Secretaria de Segurança Pública, que deveria garantir sua vida. Apesar de terem vencido no Judiciário, os pais do sequestrador de Silvio Santos não puderam ser indenizados, pois os pagamentos foram parar na lista de precatórios, que são as dívidas contraídas pelo governo e que não são pagas imediatamente.
Em 2017, o desembargador Aliende Ribeiro, determinou que a quantia fosse depositada na conta do estado. O outro sequestrador de Patrícia Abravanel, Esdra Dutra Pinto, 41, foi condenado a dezenove anos de cadeia. Em 2015, ele foi para o regime aberto. A pena foi concluída e atualmente ele vive em Cotia, na Grande São Paulo.
